Cosme McMoon, o pianista que acompanhou a carreira da diva Florence Foster Jenkins, fala nesta entrevista sobre as qualidades e virtudes da grande chanteuse. Importantes planos tinham, aparentemente, sido traçados para uma fundação de apoio a cantores talentosos.
Esta personagem é altamente suspeita. Consta que no Outono da sua vida seria uma presença constante em certo ginásio de Manhattan, na 42nd Street, proficuamente frequentado por culturistas (alguns curiosamente famosos).
McMoon e outros homens assediavam impiedosamente os latagões lá do sítio para aceitarem honorários em troca de favores sexuais. Este tipo de relação acabou por florescer e conduzir o velho pianista a mudar de ramo e a estabelecer-se como sócio gerente de um bordel masculino que funcionava no mesmo edifício do ginásio.
Acabou por falecer em Agosto de 1980, tinha 79 anos.
A nossa Natália de Andrade, soprano dramático de belas peças, exemplos perfeitos da obra artística pura, como O Rouxinol ou O Nosso Amor É Verde, foi completamente apagada pela sombra de um outro vulto. Florence Foster Jenkins, de seu nome, apresenta-se em toda a glória e esplendor da voz humana.
Aqui vos deixo um excerto notável. É Musical snuffbox, Op. 32 de Anatole Liadov trucidado pela soprano e pelo piano de Cosme McMoon.
Não poderia deixar de partilhar também um trio saído directamente das mais profundas entranhas do Inferno da ópera Faust de Charles Gounod. My Heart Is Overcome With Terror (pudera!) pela soprano Jenny Williams e Thomas Burns, baritono. O pianista que se dane, pouco importa!
Já alguma vez deixaram cair um xilofone pelas escadas?