Terça-feira, 16 de Janeiro de 2007
O Que Dá na Telha
Tenho tido sérias dificuldades em levar coisas até ao fim ultimamente. Coisas pequenas, até. Facto que se tem manifestado numa prometida limpeza doméstica de uma profundidade maior e prometida que não passa do WC. Ou nos livros começo, uns depois dos outros, sem terminar um que seja, vão ficando abertos ou marcados a meio até que me dê na veneta terminá-los ou devolvê-los à estante. Destes últimos talvez só uma confissão tardia de inocência, posterior ao cumprimento da pena, se tenha visto lida num relâmpago...

E outras coisas inacabadas, coisas que não quero descortinar...

E o que me deu na telha agora? Pois bem, deu-me começar a ler os Lusíadas! Ao abrir o pequeno volume vermelho que me serviu na escola constatei que apenas as três primeiras oitavas do Canto Primeiro estavam anotadas. É verdade, acho que não li nada desta porcaria no secundário. Depois dos punhetos sonetos do Senhor Zarolho (antonomásia- tal como nas anotações feitas a lápis junto do “...sábio Grego e do Troiano...”) nos anos anteriores como arranjar paciência para este supra-sumo da flatulência de “tuba canora e belicosa”? Não sei, nem consegui.

Também não sei como fui capaz de ter boas notas a Português... Poder-se-ia pensar que, para cair nas boas graças, prestasse algum tipo de favores sexuais à professora quarentona, pois do programa de leituras do secundário não li a ponta de um chavelho! Ah! Gostei de um conto ou outro do Miguel Torga que me apareceram soltos e desamparados, talvez apenas por isso, por serem coisas soltas. Cesário Verde com O Sentimento de Um Ocidental. Alguns poemas do Pessoa em Caeiro ou Álvaro de Campos (Lembras-te Shiz? Afinal não tinha saído da escola há assim tanto tempo) pelas mesmas razões. Gosto por estes últimos que vim a desenvolver mais tarde e mais incondicionalmente, mas não totalmente.

Agora, dos Livros fugi a todos sem excepção!

Abominei a Mensagem, nem o comprei! A Aparição? Ui! Outro! Ainda encetei o Frei Luís de Sousa porque talvez viesse no exame (facto que se consumou e do qual me desenvencilhei bastante bem), mas quinze linhas, no máximo... Dos Maias estava a gostar, mas a edição era bera e começou a desintegrar-se a meio. E como era um bocado grandote para a altura ficou por ler e aos pedaços. Chamemos-lhe fascículos, olha! Vim a lê-lo integralmente mais tarde, porém.

Pergunto-me agora ainda mais como consegui terminar com quinze valores, uma das melhores notas da turma. E já disse que não me fiz valer de servicinhos de qualquer natureza nem cabulei! Apanhei umas coisas do ar, sei lá. Deve ter sido como o dezoito a Francês...

A edição da Epopeia Portuga que aqui tenho já soma uns anitos, diz que é de 1972 e vem pejada de notas e notinhas. Tem até conselhos para uma leitura expressiva de José António Moniz (Arte de Dizer, 1903). Tem igualmente um questionário “...belamente ilustrado pela nossa Ex.ma colega Senhora D. Helena Abreu”. É divertido! Tem uma fitinha vermelha e outra azul.

Vamos ver até onde isto vai...

PS: Com isto tudo acabei por só ler mais meia dúzia de oitavas.



desinfectado por Jonas às 11:10
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Terça-feira, 12 de Dezembro de 2006
Conversa entre dois putos do Técnico:
"O gajo teve um zero?! Mas isso numa escala de quanto?"

Será este bexigoso um dos nossos futuros senhores engenheiros...

Trapalhada:

desinfectado por Jonas às 01:33
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